quarta-feira, 3 de abril de 2013

Inclusão x Exclusão

As pessoas acham lindo em falar que apoiam a inclusão, mas não acredito nisso, a partir do momento que você "INCLUI" automaticamente você marca essa pessoa como diferente, eu acredito na socialização da criança especial, mas inclusão não, houve tentativas e no lugar de melhorar seu cognitivo, piorou, pois na escola não há profissionais treinados para essa condição, o aluno sofre com tiração de sarro e espancamento de pessoas retrógradas ou de família assim que não ensinam a respeitar o próximo, eu acredito que precisa haver mais centros de ensino especial, maternais que faça a intervenção quando criança, onde já foi provado que tratado desde cedo há uma evolução gigantesca, e por fim acho que as familias devem prestar atenção no seus filhos e dar muito amor e carinho ao diagnosticar o caso.
Vou dar um exemplo: Aninha tem 12 anos, deveria estar cursando a 6ª série, juntamente com adolescentes que estudam física, química e gigantescas equações... eu lhes pergunto: Seria viável colocar uma criança especial que está aprendendo cores primárias, junção de sílabas? Vão disponibilizar um cuidador/professor que tenha noções de enfermagem e primeiros socorros? A escola fornecerá estrutura com uma sala para realizar troca de faldas e conexão da dieta via sonda? Ah, Claro que não né?! Uma classe infantil poderia infantilizá-la! Quando tiver atividade de educação física o que Aninha vai poder fazer? E trabalho em grupo ela será convidada a participar? Então estamos com a faca e o queijo na mão, ACORDA BRASIL, se não houver classes e escolas especiais, com profissionais especializados, esse negócio de inclusão é papo furado. É uma maneira barata que o governo lançou na mídia para se desculpar e desviar do assunto, para não investir na capacitação dos profissionais e adaptação de escolas especiais, elas ficam lá depositadas em bancos escolares, constando nas estatísticas e sem proveito sócio intelectual nenhum. É muito diferenciado o tratamento e a evolução de uma criança PC, principalmente para aqueles que são totalmente dependentes, para um Down ou Austista pode até funcionar quando eles tem uma "independência" como usar o banheiro ou comer sozinho.
Não temos que pedir inclusão, e sim profissionais capacitados para receber as crianças... qualquer criança. .O que estes profissionais precisam é de informação e paciência e conhecimento. Culpar os professores? Jamais! Se tem algum culpado aqui esse é o Governo, devemos cobrar primeiro do governo depois dos profissionais. Infelizmente as escolas estão ruins não só pra crianças especiais. Será que a culpa é toda dos professores que dedicam parte de sua vida estudando e quando vão ao trabalho ganham igual ou menos que pessoas que têm apenas o ensino médio. Acham ainda que vão trabalhar satisfeitos? Devemos cobrar primeiro de quem deveria incluir.
Não estamos vivendo tempos de Inclusão e sim Exclusão.
Antes que chova de comentários por aqui, (quero que isso aconteça, sua opinião é super válida) quero lembrar que sou uma mãe antenada e que só quer o melhor para sua filha, não quero que ela se sinta ainda mais diferente, pois temos o direito de exercer a cidadania com plenitude e igualdade, não quero privá-la de conhecimento e socialização, quero protegê-la de mais sofrimento e preconceito.

Um comentário:

  1. Concordo em gênero, número e grau. Sou professora, e como tal - que não me ouçam os outros - vejo que a inclusão em escolas regulares tem, sim, seus limites. Fui mãe: meu anjinho faleceu há 11 meses, e sofria de mitocondriopatia degenerativa - síndrome de MERRF. Como mãe, deixei minha baixinha em uma escola regular até o momento em que achei que ela estava aproveitando. Depois, quando as convulsões aumentaram e seu estado geral ficou pior, tirei; ela ia fazer o que na escola? Escola é lugar de aprender, e ela não podia aprender mais nada. Ela só podia viver - do seu jeitinho - , ser cuidada e amada. Isso, a gente faz em casa...

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