segunda-feira, 15 de abril de 2013

Bolha?!

Querido Diário hoje eu me peguei pensando... Eu insisto muito para que a Ana treine as fichas de comunicação, eu leio textos enormes para ela, (os livros de contos de fada já não lhe cabem mais) sem uma certesa de que ela entendeu ou eu seja preciso repetir alguma frase, eu a levo para todos os lugares, eu explico sobre a ciência a Geografia a Matemática, as últimas notícias da atualidade, a evolução do seu quadro clínico, todos os porquês são respondidos sem mesmo terem sidos perguntados, essa é a minha maneira de conduzir a Aninha, eu não quero ter restrição nenhuma á ela, quero que tudo que esteja ao meu alcance a ao limite dela seja feito, mas eu vejo as pessoas comentando ou as vezes vem me perguntar: Porque você insiste tanto? Pessoas queridas, eu penso que nenhum ser humano deficiente ou não deve ser privado de conhecimento, lazer e perspectiva, todos tem o direito de evoluir como pessoas. Tá o mundo é maldoso ao extremo? É. e só eu sei como é difícil mostrar a realidade para a Ana, mas eu não posso viver a vida dela, e não posso criá-la dentro de um dos livrinhos de fantasia que eu costumava ler na infância, eu não tenho o direito de colocá-la numa bolha, numa redoma de vidro, nem mesmo assim ela estará protegida da maldade alheia.
Eu não posso desistir de lutar pela vida dela, e que essa seja vivida na sua mais plena dignidade e conhecimento porque não? Estou um pouco resistente para matricular a Ana na escola, mas não por falta de vontade ou ainda por achar que sei de tudo e posso passar á ela, _Não! É por medo... da reação das pessoas, de como vai ser a maneira de se relacionar socialmente, se a escola terá estrutura para recebê-la, porque o Brasil num todo é muito carente nessa parte, ninguém se importa com a minoria, com as dificuldades de um simples degrau de escada ou uma poltrona preferencial, enfim é minha proteção de Mãe nível 100 falando mais alto. Mas nós vamos conseguir, não quero priva-lá de nada... Talvez ela ainda me surpreenda nos bancos escolares algum dia desses.
Mas eu posso afirmar que todo o meu conhecimento e amor é transferido para ela sim e continuará sendo, não me importo com o pensamento dos outros, pois sei o que eu estou fazendo, e tenho plena convicção que não é em vão !

O melhor livro de moral é a nossa consciência. Temos que consultá-la muito frequentemente.

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