sábado, 23 de março de 2013

Pensamentos de Mães de Crianças especiais

Nós Mães de crianças ESPECIAIS temos pensamentos esquisitos neh, rs mas é verdade sempre me pego pensando no amanhã, e os medos... Tenho medo de morrer e deixar minha Ana, quem cuidaria como eu?Tenho medo da minha Ana morrer, e isso é um pensamento diário, parece uma coisa, por mais que a gente não quer pensar, esse pensamento sempre está nas nossas mentes.Sempre que uma de minhas amigas perde um filho, (já aconteceu várias vezes) meu Deus mal consigo dormir, fico pensando será que Deus está me mostrando isso pra ir me preparar, e as culpas? A gente se culpa por tudo, por eles estarem desenvolvendo lentamente sempre achamos que se fizéssemos mais terapias, mas essa culpa em mim já não existe mais, hoje eu sei que tudo é no seu tempo e que a
ANINHA NÃO VEIO AO MUNDO PARA SER CURADA E SIM PARA CURAR NOSSAS VIDAS!
Me culpo quando ela tem alguma coisa, ou quando saio com ela e acaba resfriando, e se não saio me culpo por não ter levado ela, porque as pessoas tem mania de pensar que escondemos nossos especiais, não sabem que queremos defender eles do tempo e evitar qualquer coisa que cause infecção.
Fora a culpa tem a sensação de impotência, quando minha filha tem um convulsão forte me sinto tão pequena, tão nada, ver aquele anjo ali e não poder fazer exatamente nada pra passar, não poder tirar aquilo dela, e isso acaba com meu dia.
Temos ainda que aguentar os comentários das pessoas que algumas nem fazem por maldade, mas algumas sim, e as perguntas: ELA TA DOENTE? COITADINHA, ELA OUVE? ELA ENTENDE?
Esses dias no shopping a mulher olha pra mim e pergunta ela tá doente? Quem está doente estaria passeando no shopping, me poupe né!. Esses dias uma senhora também no shopping, muito fina por sinal me perguntou se ela era retardada, como tive que respirar fundo, mas respirei e respondi: É sim, aliás eu sou a senhora é, ou a senhora acha que sabe tudo, eu pelo menos tenho muita coisa pra aprender e coisas que tenho dificuldade pra fazer, a senhora muito distinta me pediu desculpas, concordou com o que falei e me disse é que antigamente só se usava essa palavra, ai fiquei até com dó. (por isso postei sobre a terminologia). Poxa já temos que viver com nossos filhos em médicos e terapias será que também não podemos passear com eles?
É claro como todas as pessoas também temos os nossos dias de estress, onde queríamos apenas poder deitar no quarto e ficar sozinhas, esquecer que tem horário do banho, horário do remédio, mas isso é previlégio pra poucas neh, aquele dia que queríamos poder passear sabendo que tem alguem muito carinhoso e que com certeza nossos filhos estariam bem, rs. Nós sempre achamos que só com nós estariam bem!!!! Minha cabeça não desliga nunca dela, eu até quando estou no ônibus se alguma pessoa começa a conversar comigo eu já digo que tenho uma linda filha especial, eu penso nela 24 horas por dia, o amor é tão grande que chega a doer, um amor inexplicável.
Bem meninas e meninos esse foi mais um desabafo.

Obrigado por me ouvirem... sei que mães especiais vão concordar comigo.

Tenham um excelente fim de semana!!!!

*Fotinha do passeio no shopping* Adoooooro!

5 comentários:

  1. Parabens pela sua garrar Amiga!...
    realmente ser Mãe envolve vários medos... mais so o Amor verdadeiro como o de uma grande Mãe, engnora todos os medos e não desisti nunca.
    Ter um filho é saber sentir e olhar para o seu Coração que hje ja bate fora do peito!
    bjao

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  2. Oieeeeeee...Trabalho com crianças especiais nas escolas...e por algumas horas me sinto "Mãe Especial" pois cuido deles com muito AMOR,assim como uma Mãe!!! Agradeço a oportunidade de vivenciar experiências maravilhosas ao lado dessas crianças, que muitas das vezes falam com o olhar e demostram tamanha gratidão as pessoas que os ajudam de coração... Vanessa agradeço pelas dicas...acompanho VCS e me emociono a cada relato..Parabéns..Um Grande Beijo..

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  3. tambem tenho um filho especial...sempre viajamos com ele, e as pessoas, quando nos vêem por ai sempre perguntam: e ele sai muito com vcs...dá vontade de dizer...não...ele fica em casa...

    meu filho, na cadeira de rodas, já foi para vários lugares: EUA, Argentina, vários paises da Europa (nasceu lá) e as pessoas continuam demonstrando espanto quando o veêm passeando por ai...

    Por outro lado, como ele já está grande, as vezes não consigo levá-lo a todos os lugares sozinha...

    Quando não me vêem com ele, também acham que estamos escondendo-o...

    enfim...temos que entender as loucuras alheias e sermos felizes.

    bjos para vcs!

    Jamine

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  4. Vanessa,

    Parabéns pela sua força, garra e perseverança.
    Que Deus possa te iluminar, orientar e acompanhar cada um dos seus passos ao longo desta enriquecedora jornada, pois é o que é.

    Sua filha é uma mocinha linda, sim, te digo de coração, o óbvio nem sempre é o que mais importa.

    Assim como você, também sou mãe, tenho três princesas em casa, assim como você tem a sua. Minhas filhas não são especiais para o Mundo, embora sejam para mim.

    Parabéns por toda sua dedicação e empenho, que Deus as abençoe;

    S.M.V

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  5. Oi Vanessa, meu nome é Camila, tenho 35 anos e nessas buscas infinitas para minhas duvidas achei seu blog.

    Sou mãe de uma criança especial e adotada. Aliás, foi Barbara ou Barbi que me adotou como mãe. Moro numa cidade do interior do MS e depois que casei com o Sidney (meu querido e esforçado esposo) resolvemos adotar uma criança, por que o tratamento pra engravidar judiou demais de mim, do meu corpo e da minha alma. Barbi veio pra mim numa fração de dias, a mae biologica abandonou na casa de parentes e foi embora. Era fim de mes e tinhamos juntos 60 reais, rsrsrs. Ela veio linda, gorda e careca. Percebi um certo estrabismo mas nem liguei....vi que ela era molinha demais mas achei que devido a prematuridade e que isso mudaria.

    Ela nasceu Maria Vitoria, foi o pessoal do hospital que escolheu, por que a mae tinha 14 anos na epoca e nem queria saber dela. Barbi quando nasceu pesava 970 gramas e teve hemorragia cerebral grau 4. Nas primeiras consultas todos se sensibilizavam com o fato da adoção mas evitavam de falar sobre a real situação da bebê, de certo temiam que eu tambem abandonaria.

    Nossas vidas encheram se de vida e alegria. Barbi mudou nossa rotina, encheu a casa de vida e esvaziou nossa conta no banco.
    Fiz um plano de saude pra ela pois aqui o SUS demora um pouco ainda mais sendo no interior. Hoje ela tem 3 aninhos, diagnostico de paralisia cerebral,nos membros superiores e inferiores, disfagia e refluxo. Não senta, não anda e não fala. Mesmo assim os medicos dizem que o prognostico é favoravel. Ela agora começa a balbiciar e o controle de cabeça é parcial.

    Quando vi seu blog, me vi muitas vezes nas situações que vc descreve...Barbi ainda não tem uma cadeiras de rodas embora eu ja tenha solicitado pela casa da saude e as botinhas também.

    Apesar do caso da Aninha ser mais grave do que de Barbi, saiba que entendo e consigo sentir toda sua luta e desespero que ela fica doentinha.

    Não sei se você sente isso mas eu fico me perguntando: Por que eu???

    Eu que só pedi pra Deus uma filha pra amar e educar. Não me arrependo um minuto dessa decisão de adotar, mas digo uma verdade toda noite quando vou dormir penso que poderia ter feito mais por Barbara. Penso que não consegui fazer o suficiente que ela merece no dia que passou.

    Hoje ela frequenta a creche municipal....ainda não tenho APAE e nem PESTALOZZI na cidade....mas todo mes vamos ate Campo Grande a capital MS pra acompanhamento Gastro, neuro, pediatra, etc....

    Fiquei encantada com vc, Aninha...e saiba que encontrou em mim uma mae amavel, louca pela filha que tem, e uma amiga....quando quiser e puder vamos bater papinho e trocar figurinhas....

    Um beijo e fique com Deus.

    OBS: Os dentes da Ana são lindos....Barbi tem bruxismo por causa dos reflexos que ela preserva e estão todos gastos...

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