domingo, 8 de setembro de 2013

Pitacos

Oi Diário, hoje vim falar de uma coisinha chata que toda mãe já passou ou vai passar por essa situação. Parece até que as crianças são um patrimônio público. Todos, de parentes a pessoas que elas nunca viram, acham que sabem mais sobre a educação, cuidados, saúde dos seus filhos. É claro que, às vezes elas, as mamães até precisam de ajuda, mas que tal esperar que peçam? O que acaba acontecendo é que, não raro, a situação fica complicada, dependendo de como se lida com as intromissões. E, quanto maior for o convívio, pior a saia justa. E quanto se trata de uma criança especial? Oh meu Deus, quantos pitacos! Nada é suficiente...
Entendam bem, estou dizendo que não se deve criticar uma mãe esforçada, é claro que se ela pedir um conselho e a intimidade permitir que você dê um toque sempre vai ser bom, afinal o bem estar da criança é o que vale.

Com a família, todo cuidado é pouco. Tanto para que os parentes não deixem a mãe insegura quanto para que as respostas e reações não desgastem as relações. A mãe, que se encontra, muitas vezes, em uma situação de sensibilidade, pode se incomodar ainda mais com os comentários. É bastante comum, na cultura brasileira, a permissão de palpites para as mães. O porteiro, o taxista, a senhora no supermercado, os parentes, todos parecem sentir prazer em dizer o quanto a mãe é inadequada ou insuficiente para o bebê. O amor esconde um lado perigoso nessas relações, em que um interesse, mesmo que legítimo, no bem-estar da criança acaba se transformando em um ataque contra a mãe, que, ferida, não pode ser uma boa cuidadora.

Saber ouvir pode ser a chave do sucesso

Essas interferências podem levar a uma reflexão e somente se tornam invasivas quando você se permite abalar. Lembre-se de que, no fim das contas, é você quem decide o que deve ou não fazer para que seu filho fique bem.”

Como se sair bem:

- Quando houver mais insistência do que o necessário ou o desconforto se instalar, é preferível uma saída do tipo: “Obrigada, vou levar em conta essa nossa conversa. Agradeço seu interesse”.

- Se, mesmo assim, houver a insistência, os limites devem ser estabelecidos de forma clara, firme, mas sempre de forma educada e com respeito.

- Outra boa saída é pedir licença, alegando um compromisso, cansaço ou até esclarecendo, mais uma vez, que você já entendeu o ponto de vista.

- Seja delicada, mas, acima de tudo, firme. Um olhar seguro afasta os intrometidos.

- Não justifique suas atitudes, por exemplo: não faço o que você sugeriu porque ele não gosta ou não pode comer determinado alimento. Ao se justificar, você abre espaço para uma discussão. Portanto, nada de justificativa ou explicação.

Você é a melhor mãe para seu filho e sabe o que está fazendo!
 

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