Quando
eu recebi o diagnóstico definitivo do problema neurológico que atinge
minha filha, confirmando aquilo que no fundo já suspeitava, é algo muito
impactante, ninguém está preparado para um momento como este. É difícil
demais, doloroso demais. Saber que poderia ter sido amenizado ou até
mesmo evitado. A realidade passa a ter nome e sobrenome e é no mínimo
assustadora.
Às vezes é preciso que alguém
me diga isso claramente. É como levar um soco no estômago. Dói,
paralisa, mas me dá a consciência de que para seguir em frente é preciso
deixar de almejar o “impossível, o ilusório, o imediatista” e passar a
festejar essa evolução constante, verdadeira, e não menos brilhante e
preciosa.
É como se eu vivesse com o piloto automático ligado,
quando ele se desliga por conta de um balde cheio de realidade jogado em
minha cara... vem o choro, o desespero, a incerteza, a culpa, a
impotência, e depois de um afago, um carinho, umas palavras escritas no
diário, um sorriso, o piloto liga automaticamente.
E assim vamos vivendo, sem pensar muito, sem querer muito, mas com muito mimo e zelo, combustíveis de almas especiais!
Ps. Aninha ganhou um elefantinho desses agarradinhos e colocamos do seu
lado Esquerdo para estimular que ela olhe mais para o outro lado... Ela
amou o bichinho, mimo da vó adotiva, ficou tão feliz com um simples
bichinho (Dumdum, esse é o nome dele rs)
Entenderam porque eu enxergo simplicidade e perfeição?
Com licença... chorei um pouquinho agora é hora de ligar o piloto.
Bjos especiais queridos!
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