segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Sair ou não sair de casa?!

Para nós mães especiais o simples fato de sair de casa vira um verdadeiro desafio... O primeiro que vem a mente é o monta e desmonta de cadeira, se ficar pensando muito desiste... então bora lá arrumar a malinha que tem que ter de tudo um pouco mesmo se você for até ali na padaria. Desde a alimentação que é especial, oxímetro, fralda... é mais ou menos quando a mamãe vai ganhar o bebê na maternidade, ela sempre leva coisas que nem vai chegar a usar e outras que são essenciais, a diferença é que o tamanho é dobrado e acrescentam-se muitos itens... Enfim, saímos...
Se for de carro, sempre achamos um alienado dito "normal" parado na vaga preferencial, isso é só um detalhe...
Descemos, analisamos o território, onde ficam as rampas, saída de emergência, um lugar perto da porta mas que não o vento não bata diretamente, calculamos o espaço e estamos atentas aos olhares, uns de piedade, uns de admiração, atenção, carinho, respeito, preconceito... Paramos o trânsito literalmente, acostumamos a isso!
Há essa altura já estamos olhando no relógio se é hora de medicação, se minha filha está se sentindo bem nesse lugar, tentamos relaxar... e acabamos não se preocupando com mais nada, se ela está bem... se diverte, tá valendo.
Vale qualquer esforço sentir que ela está feliz, que conseguimos proporcionar um passeio diferente mesmo que seja uma ida ao supermercado.
Eu particularmente, não me envergonho em pedir ajuda, peço sempre que preciso, e Aninha tem um PAI maravilhoso que empurra a cadeirinha com uma mocinha como se fosse um troféu, ele nos ajuda nos passeios, formamos uma bela equipe... estamos sintonizados, equipados e preparados para proporcionar qualidade de vida e socialização a nossa pequena.
Que possamos continuar a levar a Aninha a todos os lugares possíveis e para alguns impossíveis!

Amor verdadeiro é conhecer alguém (criança ou adulto, com necessidades especiais ou não) exatamente onde ele ou ela está e– sem se importar com como eles “deveriam” ser. Criar uma criança com necessidades especiais destrói todos os “deveria ser” que nós idolatramos e construímos nossa vida ao redor e coloca outra coisa no núcleo: amor e compreensão. Então, talvez isso me leve à última coisa que você, provavelmente, não sabe sobre um pai ou mãe especial…pode ser duro pra mim, mas eu me sinto, de muitas maneiras, realmente abençoada.

Saiam de casa sim! É lá fora que a vida acontece...
Levamos Aninha assistir aos shows... Ela cantou, dançou do seu jeito, e quem liga? Foi uma delícia
Missão impossível. #SQN
 

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