Pitacos
Oi
Diário, hoje vim falar de uma coisinha chata que toda mãe já passou ou
vai passar por essa situação. Parece até que as crianças são um
patrimônio público. Todos, de parentes a pessoas que elas nunca viram,
acham que sabem mais sobre a educação, cuidados, saúde dos seus filhos. É
claro que, às vezes elas, as mamães até precisam de ajuda, mas que tal
esperar que peçam? O que acaba acontecendo é que, não raro, a situação
fica complicada, dependendo de como se lida com as intromissões. E,
quanto maior for o convívio, pior a saia justa. E quanto se trata de uma
criança especial? Oh meu Deus, quantos pitacos! Nada é suficiente...
Entendam bem, estou dizendo que não se deve criticar uma mãe esforçada,
é claro que se ela pedir um conselho e a intimidade permitir que você
dê um toque sempre vai ser bom, afinal o bem estar da criança é o que
vale.
Com a família, todo cuidado é pouco. Tanto para que os parentes não deixem a mãe insegura quanto para que
as respostas e reações não desgastem as relações. A mãe, que se
encontra, muitas vezes, em uma situação de sensibilidade, pode se
incomodar ainda mais com os comentários. É bastante comum, na cultura
brasileira, a permissão de palpites para as mães. O porteiro, o taxista,
a senhora no supermercado, os parentes, todos parecem sentir prazer em
dizer o quanto a mãe é inadequada ou insuficiente para o bebê. O amor
esconde um lado perigoso nessas relações, em que um interesse, mesmo que
legítimo, no bem-estar da criança acaba se transformando em um ataque
contra a mãe, que, ferida, não pode ser uma boa cuidadora.
Saber ouvir pode ser a chave do sucesso
Essas interferências podem levar a uma reflexão e somente se tornam
invasivas quando você se permite abalar. Lembre-se de que, no fim das
contas, é você quem decide o que deve ou não fazer para que seu filho
fique bem.”
Como se sair bem:
- Quando houver mais
insistência do que o necessário ou o desconforto se instalar, é
preferível uma saída do tipo: “Obrigada, vou levar em conta essa nossa
conversa. Agradeço seu interesse”.
- Se, mesmo assim, houver a
insistência, os limites devem ser estabelecidos de forma clara, firme,
mas sempre de forma educada e com respeito.
- Outra boa saída é
pedir licença, alegando um compromisso, cansaço ou até esclarecendo,
mais uma vez, que você já entendeu o ponto de vista.
- Seja delicada, mas, acima de tudo, firme. Um olhar seguro afasta os intrometidos.
- Não justifique suas atitudes, por exemplo: não faço o que você
sugeriu porque ele não gosta ou não pode comer determinado alimento. Ao
se justificar, você abre espaço para uma discussão. Portanto, nada de
justificativa ou explicação.
Você é a melhor mãe para seu filho e sabe o que está fazendo!
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