Poxa gente, mãe especial é boba né?
Hoje
tive um surto, chorei no meio da rua, eu que até alguns dias atrás me
perguntava o que faz uma pessoa se debulhar em lágrimas perto de todos?
Meu choródromo é no meu quarto, no travesseiro, ás vezes corro
para o chuveiro, sempre escondido como se fosse um crime. O fato é que
Aninha está enorme, do meu tamanho para ser mais precisa pesando 35 kgs e
eu ganhei uma escoliose na coluna e mais um novo problema aí, acho que
estou ficando velha (rs), eu não tenho mais as forças musculares
necessárias, fico toda dolorida só de passar Aninha da cama para a
cadeira...
Enfim, isso são obstáculos que venço todos os dias com louvor!
Tenho muita dificuldade de colocá-la no carro, aquele monta e desmonta
da cadeira me apavora, pois ela adora muito passear, claro que seu
esforçado "novo pai" faz toda essa parte com muito prazer, mas não é
sempre que podemos contar com ele, tem sua ocupação e deveres no
trabalho.
É como se perdesse um pouco a liberdade, e sair sozinha
não é legal, sozinha sem Aninha. Fui a lojas para comprar algumas coisas
pra casa, tenho saído mais vezes com casais de amigos, por indicação
das terapeutas e da minha família, para me distrair, mas é incrível como
eu não consigo me desligar dela 1 só minuto, olho para o celular de 5
em 5 minutos, fico tensa, com a cabeça lá na minha casinha. Recusei um
convite irrecusável de uma grande amiga para uma bela viagem de uma
semana... Sorry Haney acho que não vou ser uma boa companhia! Não que eu
não goste de sair, não é isso, gosto de sair mas levá-la comigo aí sim
estou completa! Se aceitar e aparecer para um evento seu Comemore! Você é
importante! rs E quem gosta realmente de nós entende essa "condição"
esse "talvez iremos" esses furos. Viagens, dias fora de casa, lugares
longe ... Isso não faz mais parte do meu mundo! Meu mundo, hoje, é
cuidar da minha filha que está acamada, é dar o banho nela, cuidar do
corpinho dela, alimentá-la, pegá-la no colo, dar os remédios, seguir o
horário pra tudo, passear com ela pelo bairro... Ganhei carinhosamente o
apelido de "furona", pois se ventar ou fizer calor demais não dá para
sair, tudo em função dela e é isso que me preenche e quando saio desta
rotina, sinto-me um peixe fora d'água, quero voltar pra casa, quero
ficar com ela, fico sem identidade, fico imaginando que ela pode passar
mal, ou ter uma crise, uma dor, quero que ela "saiba" que eu estou o
tempo todo do lado dela, vivendo a mesma situação que ela e ao mesmo
tempo sei que preciso "separar" nossas vidas, me cuidar, cuidar do meu
relacionamento, da minha aparência, da minha vida. Vida? Ah gente minha
vida é a Aninha, então acho que estou no caminho certo:
Sendo feliz cuidando da minha Vida!
Bjos especiais aproveitem o fim de semana!
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